Metodologia

As definições metodológicas são realizadas no início do ano e o acompanhamento e avaliação das mesmas se dá semanalmente da coordenação do projeto com a equipe executora. Tais definições pressupõe a participação ativa do grupo de estudantes de cada escola, articulando-se em torno de dinâmicas não-expositivas e que provoquem o desenvolvimento da autonomia e do pensamento criativo. Para tanto, utiliza-se a metodologia de aprendizagem baseada em problemas a fim de que, além do aprendizado de programação, possam desenvolver competências na área de resolução de problemas; criatividade; e trabalho em grupos.
Todas as atividades, disponíveis no caderno didático, organizam-se de forma a criar situações problema onde, além de refletir sobre as melhores formas de resolução,  criam oportunidades de aprendizado e exercício de competências na área de programação de computadores. Os módulos, por sua vez, organizam-se em níveis de complexidade crescente e passam, gradativamente, de atividades individuais de conhecimento do software utilizado, para trabalhos que pressupõe articulação em grupo e a resolução de problemas.
Os módulos, definidos preliminarmente, são constantemente avaliados pela equipe a fim de detectar possíveis alterações necessárias. Para que se possa efetivar um processo ativo de acompanhamento, os encontros semanais desenvolvem-se em torno da avaliação das atividades nas escolas na semana anterior; da identificação de possíveis alterações na dinâmica proposta; e na preparação coletiva do encontro da semana. Esta etapa conta com a presença da equipe executora e de representantes das IES envolvidas.
Destaca-se que, para a execução da metodologia e dos módulos, é fundamental uma sólida formação dos estagiários que ocorre nas segundas-feiras. Importante destacar que no momento da seleção, busca-se privilegiar aqueles alunos que já tinham alguma experiência de docência. Uma vez selecionados, propõe-se atividades de formação que passam pelo manuseio dos recursos a serem utilizados nas oficinas da Escola de Hackers, como os blocos lógicos e o software (Scratch propriamente dito) a ser utilizado nas oficinas.
O acompanhamento das atividades, ocorre no decorrer do ano a partir da seguinte sistemática: Semanalmente, a partir dos relatos dos estagiários nas reuniões de acompanhamento e do preenchimento de formulário específico e constante do sistema de controle de frequência do projeto. Mensalmente, é preenchido um formulário de avaliação por cada um dos estagiários com informações sobre o andamento do projeto em cada escola. Além destes dois instrumentos, a equipe organizadora, composta por membros da Secretaria Municipal de Educação e por professores das IES parceiras, realizam visitas periódicas às escolas, em especial àquelas que, em seus relatórios mensais, apresentam situações distintas das demais.
Cabe relatar que estabeleceu-se um importante processo de colaboração científica com a Universidade de Passo Fundo que tem vinculado alunos de mestrado e doutorado para acompanhar as atividades do projeto Escola de Hackers a fim de gerar conhecimento científico nascido da experiência.

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